segunda-feira, 6 de julho de 2009

União da Juventude Socialista – Olinda: Em defesa à democracia e ao retorno do presidente Manuel Zelaya a Honduras.




Não é de hoje que os Golpes de Estado fazem parte da conjuntura política da América Latina. Entretanto, não vivemos mais no período da Guerra Fria, para que tal forma de política se manifeste nas democracias caribenhas. Nesse contexto a UJS– Olinda em conjunto com outras organizações e entidades estudantis, apresenta essa carta aberta à sociedade olindense como um repúdio simbólico ao desrespeito a democracia protagonizado pela Suprema Corte, Congresso Nacional e Forças Armadas Hondurenhas ao povo latino americano.


Como se sabe, desde o dia 28 de junho, um golpe de Estado pairou sobre Honduras, causando muita polêmica em torno de lideranças internacionais. No entanto, mesmo com todas essas críticas, as relações diplomáticas em Tegucigalpa não estão nada otimistas, uma vez que o governo interino indicado pelo Congresso Hondurenho na figura de Roberto Micheletti, nega em aceitar o retorno do Presidente Manuel Zelaya, principal vítima do golpe (além da população) ocorrido na data relatada.


Além da reprovação dos órgãos internacionais e de lideranças políticas, as manifestações também se manifestam no pequeno país, em prol ao respeito à democracia como também ao retorno de Zelaya ao poder. No hall dos críticos, enxergamos tanto o presidente venezuelano Hugo Chávez, como o presidente norte-americano Barack Obama comungarem da mesma opinião, em definir o golpe de Estado como um retrocesso político.


Sem medo, defensores de Zelaya desafiam a truculência militar do país em uma onda de protestos contra Micheletti e o golpe, que não representa em nenhum caso os anseios populares, e sim, uma política conservadoras, além das forças armadas. O próprio presidente Luis Inácio Lula da Silva defendeu o isolamento de Honduras na região até que o verdadeiro presidente volte ao poder. As críticas não param de cessar, somente Micheletti, não consegue enxergar isso.


A Organização dos Estados Americanos – OEA, a cúpula extraordinária da Alternativa Bolivariana para as Américas – ALBA, além da Organização das Nações Unidas - ONU, já formularam suas antíteses frente ao golpe de Estado, defendendo de forma clara o retorno de Zelaya a liderança do executivo hondurenho. Essa grande frente internacional de repúdios não diminuiu, em toda a semana, as opiniões mais variadas declararam o apoio a democracia, condenando de forma literal essa opressão política ocorrida no país caribenho.


O governo golpista afirma que Zelaya ao pretender realizar uma consulta pública à população como um ato contrário a Constituição do país e por ter afastado o chefe de Estado Maior Romeo Vásquez que recusou em mobilizar as forças armadas para a organização do referendo foram às causas que ele fora afastado da chefia presidencial. Micheletti chegou a afirmar que o próprio Hugo Chávez estava por trás desse tipo de plebiscito e se Zelaya retorna-se ao país, o mesmo seria preso. Entretanto podemos avaliar que afastar um presidente por uma medida não constitucional ou por perseguições é uma coisa, mas invadir a propriedade do chefe máximo do poder executivo e retirá-lo do país seria uma notável forma de repressão política.


Mesmo com a presença do secretário geral da OEA, José Miguel Insulza em Tegucigalpa, que tentou durante o último final de semana reverter esse mal-estar político por meio de gestões diplomáticas, viu que não há disposição alguma de Roberto Micheletti para modificar essa situação.


Pois bem, e enquanto as relações entre entidades internacionais, países e organizações mundiais se manifestam de forma bastante abaladas, o povo hondurenho que paga por toda essa confusão, uma vez que, além do isolamento político, Honduras também sofre um isolamento econômico do Banco Mundial. Além disso, os conflitos entre militares e a população continuam deixando feridos na região, principalmente após o fechamento de todos os acessos ao aeroporto internacional em Tegucigalpa, impedindo a volta de Zelaya ao país.

Enfim, frente a todos esses fatores elencados, a União da Juventude Socialista - Olinda, em parceria com outras entidades e órgãos manifesta sua insatisfação a tal situação e se enquadra com total apoio à democracia hondurenha. Uma vez que, precisamos ser firme frente a esse tipo de política repressora, pois não podemos permitir que atitudes como essas se propaguem na América, desconstruindo frutos das grandes lutas revolucionárias ocorridas no continente, frente às constantes explorações sofridas pelas diversas nações americanas desde o período colonial.
QUEM ASSINA ESSE DOCUMENTO:

· União da Juventude Socialista – Olinda
· Coletivo Acorda Brasil.
· Diretório Central dos Estudantes – Funeso.



È na defesa aos anseios populares que nossa luta é permeada, seja nos movimentos populares, nas lutas estudantis ou nas manifestações em defesa da juventude brasileira e latino-americana.E justamente por isso que não vamos nos calar frente aos processos de exploração e opressão existentes no Brasil e no Mundo.

Isso porque, somos uma juventude ousada, somos Jovens Socialistas!!!

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